No último dia 16, vivi uma experiência única. Um dos trabalhos apresentados a Disciplina de Comunicação Alternativa, pelo alunos de Comunicação Social da Faculdade Estácio de Sá, teve a iniciativa de levar cadeiras de rodas e algumas vendas para que os alunos passassem alguns momentos como deficientes.
Eu fiz o papel de cega, tive os olhos vendados e fiquei alguns minutos com a aflição de não poder enxergar. Eu podia ouvir todas as vozes, e era cada vez mais angustiante não ver os rostos de quem falava.
Um dos objetivos era que os alunos transitassem pela faculdade, mesmo sem adequações necessárias. O meu objetivo era ir até a biblioteca e devolver um livro. Uma das minhas principais dificuldades foi descer as escadas, afinal a Faculdade não possui rampas pra ligar todos os blocos.
E com experiências assim, que percebemos o quanto é difícil para uma pessoa com deficiência estudar em uma instituição que não possui uma estrutura adequada. Além da disso ressalto também a falta de instrução dos funcionários da faculdade. Eles não foram capacitados para atender alguém com deficiência.
Quando entrei na biblioteca e entreguei o livro para a bibliotecária, ela simplesmente o pegou o começou a fazer os procedimentos, mas não me disse nada, ela agia como se eu tivesse vendo o que ela estava fazendo. Me senti completamente perdida, e sem saber o que fazer.
Na volta para a sala percebi que sem poder enxergar os meus outros sentidos se afloravam, eu fiz mais uso do meu tato e da audição, mas isso não é suficiente para atender as necessidades de um deficiente físico. Essa é uma experiência única e certamente traz uma lição de vida muito grande.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Minutos de experiência!
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